O TURISMO EM MOÇAMBIQUE

As atividades da população moçambicana são:

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No início a actividade turística em Moçambique estava relacionada com o colonialismo português e  a sua ligação com a República da África do Sul e o actual Zimbabué, tanto no contacto político como económico.

A transformação do porto de Lourenço Marques  no escoadouro de riqueza de Transvaal (R.S.A.) facilitou o crescimento na circulação de mercadorias, assim   como de pessoas. Isso permitiu a construção de muitos restaurantes na zona baixa da cidade de Lourenço Marques  (actual Maputo). Assim , em 1874 foi construído o primeiro hotel, “Hotel Real”. No ano 20 do século passado edificou-se o Hotel Polana para satisfazer a crescente procura de alojamento por parte dos homens de negócios e de caçadores do ouro.

Em 1959, foi criado o centro de informação do turismo de Moçambique que veio a  incentivar  a penetração de capitais Sul Africanos  e Rodesianos. Como consequência  houve uma grande evolução na construção de hotéis, restaurantes e parques de campismo concentrados nas cidades de Lourenço Marques e da Beira.

Durante o período colonial o turismo foi considerado um dos sectores que mais contribuiu para o desenvolvimento económico de Moçambique.

Situação actual do turismo

Actualmente lançaram-se as bases para o desenvolvimento da actividade turística. Isto vai permitir  que ela se transforme numa verdadeira indústria  a médio e a longo prazos. Para tal é necessário

− Implementar eficazmente a política do turismo no país;
− Identificar sistematicamente os planos dos sectores que garantem um desenvolvimento sustentável do turismo, sem prejuízo do impacto ambiental.

É neste âmbito que se   criou o Ministério do Turismo em 2000 e são construídas diversas infra-estruturas turísticas como, por exemplo os  vários Hotéis ao longo das cidades de Maputo, Xai-Xai, Nampula, Beira, ao longo da costa  e outras regiões do país.

Apesar da fraca experiência no ramo do turismo  tanto a nível  governamental como no novo sector empresarial moçambicano, é necessário criar um conjunto de condições específicas em termos de planificação e desenvolvimento do turismo nas áreas económicas, socio-cultural  e ambiental. Pois, esta actividade pressupõe um constante relacionamento inter-sectorial como transporte, agricultura, pesca, indústria, comércio, construção, saúde, educação, migração, alfândegas, e outros sectores.

Impacto  económico e social

− Permite a entrada de capitais, através das visitas ao país;
− Permite o desenvolvimento da economia do país;
− Permite a circulação de produtos internacionais no mercado interno;
− Permite o desenvolvimento da actividade artesanal, etc.
− Permite intercâmbio cultural;
− Tem alguns impactos negativos, como a proliferação de Epidemias, da prostituição, etc.

Impacto ambiental

Em Moçambique, dado o estágio inicial de desenvolvimento em que o turismo se encontra, ainda não se pode falar de sérios problemas ambientais. Porém, dadas as excelentes condições naturais que o país oferece, sobretudo ao nível da costa, é de prever que o nosso litoral venha a conhecer a médio-longo prazo, problemas ambientais, caso não sejam tomadas medidas preventivas com a devida antecedência.
Apesar do estado embrionário em que se encontra o turismo no país, há sinais de alerta bem localizados que devem merecer das autoridades o tratamento devido. Vejamos alguns exemplos:

a) Em certas praias localizadas na região sul do país, assiste-se uma ocupação desregrada do espaço através da construção de infra-estruturas em locais impróprios, como por exemplo em dunas móveis. Daqui resulta a sua destruição pela erosão e o consequente impacto negativo no meio ambiente e em particular no habitat de diversos animais como a tartaruga e certas aves que encontram nestas dunas o local privilegiado para aí construírem os seus ninhos.

b) A circulação de viaturas ao longo das praias, contribuindo assim para a alteração do equilíbrio natural do local.
c) Moçambique possui em determinados pontos ao longo da costa, uma barreira de corais que para além de apresentar uma beleza extraordinária, constitui o habitat predilecto de inúmeras espécies de peixe e moluscos. A procura de corais para fins comerciais, tem levado certos turistas e alguns elementos da população a retirar este valioso património subaquático, pondo em risco de sobrevivência toda esta riqueza natural.
d) Caso não haja controlo efectivo, o turismo pode igualmente resultar na eliminação de espécies raras da nossa fauna bravia, como é o caso da chita, da girafa, do rinoceronte, etc., cuja procura de troféus no mercado mundial tem vindo a crescer de forma preocupante.

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