A História de Moçambique é feita com recurso a vários tipos de fontes, mas as fontes orais são as mais importantes. Apesar disso, elas têm, tal como as restantes, muitas limitações.
Os tipos de fontes
As fontes da História, inclusive as da História de Moçambique, dividem-se em três tipos:
- fontes escritas;
- fontes orais; .
- e fontes arqueológicas ou materiais.
As fontes escritas
As fontes escritas foram sempre as preferidas dos historiadores para o seu trabalho, sobretudo na corrente positivista.
No entanto, a pesquisa histórica requer o alargamento do seu campo de acção, isto é, tudo aquilo que permanece do passado até ao presente capaz de ser assimilado pelo historiador deverá ser comparado com outros vestigios ou indícios desse passado, num encadeamento lógico, capaz de se incluir numa sucessão. Logo, as fontes escritas não são o único tipo de fontes nem tão-pouco as preferenciais à partida.
Há vários tipos de fontes escritas: manuscritas, impressas e epigráficas.
A documentação escrita só apareceu depois da invenção da escrita (cerca de 3500 a.n.e.). Assim, durante muitos e longos anos este tipo de fonte não existia. O historiador, sempre que quiser reconstruir a história do passado, sobretudo a anterior à invenção da escrita, deve por isso socorrer-se de outro tipo de fontes (como as materiais).
A documentação escrita só apareceu depois da invenção da escrita (cerca de 3500 a.n.e.). Assim, durante muitos e longos anos este tipo de fonte não existia. O historiador, sempre que quiser reconstruir a história do passado, sobretudo a anterior à invenção da escrita, deve por isso socorrer-se de outro tipo de fontes (como as materiais).
As Fontes Orais
As fontes orais são a transmissão oral de acontecimentos. Podem assumir a forma de lendas, contos, fábulas, etc.
Heródoto e outros historiadores da Antiguidade, no desconhecimento dos meios e dos modernos métodos de investigação histórica, utilizavam unicamente as fontes orais.
Assim, a perspectiva temporal destes historiadores era muito curta. Apoiados apenas nos testemunhos directos dos acontecimentos, não tinham um longo alcance dos acontecimentos ou factos na reconstituição do passado histórico.
Quando os países não contactaram desde cedo com a escrita, como é o caso da maior parte dos países africanos, não têm um grande acervo de documentação. Nesses casos, as fontes orais são recursos valiosos para se fazer uma reconstrução histórica de sucesso.
Para a reconstituição da História do nosso país as fontes orais têm, por isso, um papel relevante e dominante.
Contudo, é preciso um certo cuidado na utilização das fontes orais. A fonte oral deve ser submetida a um tratamento apropriado, no sentido de se apurar a verosimilhança histórica.
Como tratar as fontes orais?
– pode-se, por exemplo, questionar vários intervenientes de um
mesmo acontecimento e depois confrontar os resultados;
– sobre o assunto transmitido pela via oral, tentar encontrar fon
tes escritas; – sobre o assunto transmitido pela via oral, tentar encontrar fon
tes materiais;
– reformular as questões colocadas aos transmissores da história oral, colocá-las novamente e confrontar resultados.
As fontes arqueológicas são vestígios materiais de objectos de arte, de animais, de pinturas rupestres e demais vestígios da actividade do Homem na Terra.
As fontes arqueológicas ou materiais
As fontes arqueológicas são vestígios materiais de objectos de arte, de animais, de pinturas rupestres e demais vestígios da actividade do Homem na Terra.
Para a datação destes objectos recorre-se, por exemplo, ao método do C14 (carbono-14), um método químico através do qual se determina a idade dos mesmos.
Exemplos de fontes arqueológicas: ossadas, rochas, vestígios de vestuário, gravuras, monumentos, esculturas, etc.